Direitos das crianças, empreendedores negros e jovens na política
As notícias da Agência Mural no seu e-mail
Essa edição da Mural Inbox chega com o importante papel de dar o tom da nossa cobertura para as eleições de 2024: ao lado da democracia e dos direitos dos jovens periféricos, que são vistos como futuro, mas muitas vezes acabam esquecidos no presente. É de olho nas necessidades, sonhos e projetos dessas juventudes que voltaremos nosso olhar e nosso compromisso.
Nessa toada, a gente olha com atenção também para as crianças: nas periferias, os meninos e meninas conseguem ter garantido seu direito ao brincar? A resposta não é simples e a gente aposta na sensibilidade para explorá-la, em uma série linda de fotos sobre as infâncias periféricas.
E antes de terminar, eu te pergunto: já andou de ônibus em São Paulo, né?! E por acaso você sabe qual lógica por trás das letras e números que dão nome às linhas da capital paulista? A gente te explica aqui.
Bora?
Jovens na política
Eleitos, filiados a partidos ou em movimentos populares: cada vez mais os jovens periféricos ocupam debates políticos, mesmo que não nos meios mais tradicionais. Afinal, como defende o ativista Rafael Lucas Leonel Cyríaco, 25, de Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo, “a vida do jovem é atravessada por política”.
A participação das juventudes periféricas, com os anseios, desejos e questionamentos próprios da idade, é fundamental para o desenvolvimento da sociedade, concordam especialistas sobre às Eleições 2024.
Qual a lógica dos números do busão?
477A-10, 778J-41, 875P… Quem já andou de ônibus na cidade de São Paulo certamente parou para pensar se há uma lógica por trás dos números de linhas de ônibus, que mais parecem códigos secretos. E a resposta é sim! A Agência Mural te conta, no Pega a Visão, que de quebra ainda explica por que cada veículo da frota tem uma cor.
Infâncias periféricas
Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), brincar é um direito de toda criança. Mas, o que temos feito para garantir o acesso dos meninos e meninas aos locais de brincadeira? Onde estão os territórios do brincar nas quebradas? Em ensaio fotográfico, a Agência Mural retrata as diversas formas de brincar nas periferias e discute por que o estado de São Paulo criou um dia só para as meninas.
Entre o sonho e a sobrevivência
O discurso que supervaloriza o empreendedorismo muitas vezes esconde que, na verdade, grande parte dos empreendedores trabalha em pequenos negócios das periferias tentando pagar as contas após perder um emprego formal.
Segundo o Sebrae, com dados do IBGE, a população negra é dona da maioria dos pequenos negócios, mas com salários 32% menores do que brancos.
“É muito duro, a gente que é preto, periférico e empreendedor tem que trabalhar para pagar conta. Lutamos todos os dias, precisamos ter voz, senão o mundo engole a gente”
Wiara Carvalho, 31, empreendedora de Itaquera
Livros infantis contra o racismo
Em um mundo super tecnológico, como chamar a atenção dos meninos e meninas para o bom e velho livro? Uma possibilidade é apostar em publicações com ilustrações diferentes e divertidas. Quem garante pode até ser suspeita para falar, mas tem muita experiência no assunto: é a artista Flávia Borges, 26, de Itaquera, zona leste de SP, que usa sua arte para discutir racismo e feminismo com crianças.
Rolê
Curte comida nordestina? Então vem conhecer o “Oxente! Tem Cuscuz?”, restaurante do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, que serve o típico cuscuz nordestino com diversas propostas e acompanhamentos, inclusive com opções vegetarianas. “É um pedacinho de Brasil servido no prato”, define nossa correspondente Bárbara Paula.
Leia também:
Confira locais que oferecem apoio psicológico gratuito ou a preços simbólicos nas periferias
Já pensou em ser funcionário público? Conheça o ‘Enem dos Concursos’
Unifesp em Itaquera acumula décadas de luta e ainda aguarda por campus definitivo
Falta de equipamentos culturais faz coletivos criarem agenda própria em praça de Parelheiros
Moradores do Jardim Gaivotas, no Grajaú, cobram extensão de linha de ônibus
Do orfanato às aulas de dança: Angela Sabino ajuda na autoestima de mulheres na zona sul de SP
Do ringue improvisado ao campeonato: clube oferece aulas gratuitas de boxe em Itaquera
Nos últimos meses, diversas reportagens da Agência Mural ganharam destaque na Brasis, a newsletter da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), entre elas o texto sobre a artista que ilustra princesas da Disney com deficiência; o projeto Bronx Boxe Clube, em Itaquera; e a história de mulheres periféricas que dedicam parte dos seus dias a escutar e orientar pessoas em sofrimento psíquico pelo Centro de Valorização à Vida (CVV).
A Agência Pública abre um chamado para formação de comunicadores indígenas que desejam desenvolver habilidades na área de jornalismo investigativo, pelo Programa de Formação para Repórteres Indígenas. Além de receberem uma bolsa e contarem com a mentoria de jornalistas para desenvolver uma reportagem, os selecionados participarão de oficinas e debates sobre jornalismo investigativo.
Obrigada por chegar até aqui!
A Agência Mural tem como missão minimizar lacunas de informação e contribuir para a quebra de preconceitos sobre as periferias. Participe da Tijolo por Tijolo e ajude a construir nosso jornalismo.
Obrigada a todos e todas.
Edição: Sarah Fernandes
Contato: sarahfernandes@agenciamural.org.br
Saiba mais em: www.agenciamural.org.br
Se recebeu este email de alguém e quer assinar nossa newsletter, só entrar aqui.