Licença paternidade, livros digitais e rolês pela quebrada
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Olá, pessoal!
Chegou a nova edição da Mural Inbox trazendo de cara um tema urgente para as famílias das periferias: da ponte pra cá, é fácil acessar o direito à licença paternidade? O tempo afastado do trabalho é suficiente para dar conta dos cuidados com o bebê? A renda é prejudicada? E quem trabalha na informalidade?
São muitas dúvidas, que também aparecem em um assunto que causou polêmica nas últimas semanas: o debate sobre adoção de livros didáticos digitais nas escolas estaduais de São Paulo. Como ficam os estudantes das periferias? E se eles não tiverem acesso à internet ou a um aparelho celular?
A Agência Mural foi atrás dessas — e de muitas outras respostas. E de quebra, ainda te leva para vários rolês pelas quebradas, de cafés literários a ruas de lazer. Bora?
Licença paternidade
Pais das periferias de São Paulo avaliam que o tempo de licença paternidade não é suficiente para dar o suporte necessário à mãe e ao bebê. O direito é garantido apenas para o trabalhador com carteira assinada, por cinco dias após o nascimento da criança, sem prejuízo da remuneração. Caso a empresa esteja cadastrada no programa Empresa Cidadã, o benefício será prorrogado por mais 15 dias.
Porém, quem trabalha sem carteira assinada ou é pai trans pode ter mais dificuldade de se ausentar do trabalho neste período tão importante.
Livros didáticos digitais: ‘e se a internet cair?’
A possibilidade do governo do estado de São Paulo não distribuir mais livros didáticos em papel e substituí-los por digitais causou estranhamento entre alunos das periferias da capital paulista, que já estão vivendo grandes mudanças no dia a dia da escola, devido sobretudo à implantação do Novo Ensino Médio.
Os livros online podem complicar. Se a internet cair, a gente vai ficar sem nada para estudar? Até a internet da escola já é bloqueada e nem todo mundo que tem celular
Camille Medeiros, 17, estudante do terceiro ano do ensino médio na escola estadual Wilson Rachid, na Vila Itaim, zona leste de São Paulo
No último dia 31 de julho o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio passariam a receber livros digitais a partir do ano que vem. Após críticas, o governo reconsiderou a decisão, mas ainda são muitas incertezas para os estudantes da rede estadual.
A mural quer te conhecer
Ainda dá tempo de responder a pesquisa da Agência Mural e concorrer a brindes exclusivos. Ela tem o objetivo de mapear nosso público, para conhecer melhor nossa comunidade. O questionário é voltado para moradores e moradoras de São Paulo e Grande São Paulo e estará no ar até 31 de agosto.
Academia na rua
O educador físico Marco Basi, 43, orienta moradores do Pimentas, bairro de Guarulhos, na Grande São Paulo, a praticarem esportes na academia popular instalada próxima ao campo de futebol de várzea do Jardim Vermelhão.
A ideia partiu de uma insatisfação de Basi, que notava a falta de uso dos aparelhos disponíveis em diversas praças da cidade. “As pessoas faziam o exercício de maneira errada e isso poderia ocasionar algum tipo de lesão ou mesmo nenhum tipo de resultado”, disse.
Obra no Terminal de Ribeirão Pires atrapalha passageiros
Falta de iluminação, de banheiros e muita sujeira. Essas são algumas das reclamações dos usuários de transporte público que precisam pegar ônibus dentro do Terminal Rodoviário de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. O local passa por obras desde o ano passado, mas houve paralisações e há dúvidas sobre o prazo final dos trabalhos.
Rolê
Onde estão as ruas de lazer das periferias de São Paulo? A capital paulista conta com 62 ruas de lazer, mantidas por um programa da prefeitura em vigor desde a década de 1970. Localize no mapa a mais perto da sua quebrada. Não achou? Então confira como ter uma rua de lazer no seu bairro.
Indígenas em São Paulo
Nos últimos 12 anos, a população indígena cresceu 41% na capital e na Grande São Paulo, o Censo 2022. Mas onde eles estão?
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A Agência Mural é finalista na 10ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo com o vídeo “Miltão Pipas: do Grajaú às passarelas da moda”. Os responsáveis pela produção foram os jornalistas Gui Camargo, Jessica Bernardo, Léu Britto, Pietra Alcântara e Rômulo Cabrera.
O Coletivo de Jornalismo Infanto Juvenil (Colo) promove uma conversa com a fotógrafa Selma de Souza, do Voz das Comunidades, sobre a utilização de imagens das crianças em situação de vulnerabilidade. Como meninos e meninas se sentem representados? Quais consequências eles podem enfrentar a partir de imagens retratadas na mídia? Esses serão alguns dos temas debatidos no encontro, que ocorrerá em 31 de agosto, às 17h, com transmissão ao vivo no YouTube do Colo.
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Edição: Sarah Fernandes
Contato: sarahfernandes@agenciamural.org.br
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