Mural Inbox: Olimpíadas e delivery de catraca
A newsletter da Agência Mural de Jornalismo das Periferias

E aí, no meio de tudo tem conseguido ver a Olimpíada? Vibrou muito com a Rayssa, essa maranhense de 13 anos que conquistou a prata e o mundo?
Realmente deu uma alegria ver esse resultado em tempos tão puxados como os de hoje. Também nos ajuda a pensar em quantas Rayssas estão por aí tentando um lugar no skate e em outras modalidades esportivas.
Durante a Olimpíada, estamos com uma série sobre os atletas e as periferias, organizada pelo nosso correspondente do Capão Redondo, Cléberson Santos.
No primeiro episódio, falamos um pouco sobre as histórias de Fofão e Servilho de Oliveira, dois medalhistas que vieram das periferias da capital.
Nesta semana e na próxima, abordaremos ainda os periféricos que estão em Tóquio e o futuro: como atletas treinam nas quebradas e driblam a falta de espaços para buscar esse sonho. Afinal, periferia também é esporte.
DELIVERY DE CATRACA
Você já ouviu falar no delivery de catraca? É uma modalidade de venda que tem ganhado cada vez mais adeptos nas periferias. Na prática, para economizar o dinheiro com o frete, os vendedores combinam pela internet e partem para as estações de trem e Metrô para fazer as entregas, mostra reportagem especial de Lucas Veloso. Tem de tudo, de churrasqueira a instrumentos musicais.
O ponto negativo é que os vendedores acabam se expondo mais ao sair de casa na pandemia.
A pandemia, por sinal, teve uma redução de mortes na Grande São Paulo. Pela primeira vez, desde março, foram registradas menos de mil mortes em uma semana. Uma das causas é o aumento da vacinação. Porém, tem gente que teve de ir longe para conseguir se imunizar. Ao menos 1 milhão de doses na região foram aplicadas em pessoas que estavam fora do município de residência.
ENEM E DONAGEEK
No “Próxima Parada”, estudantes das periferias falaram sobre os motivos para desistir de fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) este ano.
Ainda no podcast da Agência Mural, original Spotify, conheça as duas sexagenárias de Mauá que criaram o DonaGeek, um canal para a cultura nerd, afinal, geeks também envelhecem. E entre crateras e lobisomens, conheça algumas histórias de Parelheiros, distrito no extremo sul da capital paulista.
NOVA PARCERIA
Demos início na última semana a uma série de reportagens sobre a mobilidade nas periferias. Entre julho e novembro, estaremos trazendo histórias sobre como tem sido se locomover pelos bairros das quebradas da cidade em meio à pandemia e os desafios do setor.
As reportagens sairão no site e em zapcast e tem apoio editorial da 99, aplicativo de mobilidade urbana. A primeira reportagem aborda os receios de quem não pode trabalhar de casa desde o começo da pandemia.
32xSP
Entre os impactos da pandemia na educação está o abandono escolar. Segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo, 47% dos entrevistados que vivem na zona sul destacaram a evasão escolar como principal dano causado pela pandemia, mostra o 32xSP. 21% disseram ser responsáveis por alguma criança ou adolescente que tiveram de deixar a escola.
BLOG MURAL
“O jornalismo escreve a história do presente. Constrói, coleta e distribui narrativas que servem de guia para nossas tomadas de decisão, para nossa reflexão, para o debate sobre o que acontece agora. Escolher a linguagem mais apropriada faz parte desta responsabilidade”, Izabela Moi, diretora da Agência Mural, em texto sobre a postura editorial de definir uma linguagem.
SALVADOR
No mês do escritor, duas reportagens em Salvador mostram a produção literária nas periferias. Um deles é Aloísio Pimentel, do Nordeste de Amaralina. Aos 86 anos, o escritor tem produzido durante a pandemia mesmo com a perda da visão, mostra Rosana Silva, que também relata como escritoras criaram espaços para a literatura negra na capital da Bahia.
“Nas escolas da prefeitura têm acontecido de não ter conexão. Muitos pais não têm conseguido comprar os materiais e uniformes, porque não têm acesso à internet” - CINTIA GOMES, diretora da Agência Mural, em pergunta ao prefeito Ricardo Nunes, no Roda Viva desta segunda-feira (26).
“Muitas vezes a grande imprensa só chega nas periferias, longe dos grandes centros, quando acontece o ataque ao [colégio] Raul Brasil, por exemplo. Então a gente fala que a gente é o jornalismo para as periferias e das periferias. Uma rede de correspondentes espalhados contando histórias. Jornalistas contando sobre onde vivem” - BRUNA NASCIMENTO, correspondente de Suzano, em evento com fotojornalistas no jornal Diário de Suzano, que completa 60 anos em 2021.
Fogo no Borba Gato “é uma resposta da sociedade a uma indignação coletiva”, diz a deputada Erika Malunguinho em entrevista à Ponte Jornalismo.
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Edição: Paulo Talarico
Contato: paulo@agenciamural.org.br
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