"Em fevereiro, em fevereiro, tem"… É, não tem, Jorge Ben. Pelo segundo ano seguido, o mês começa diferente, sem Carnaval, enquanto a variante Ômicron segue se espalhando por aí.
Mas se não tem Carnaval, tem outros velhos conhecidos, como as chuvas e os impactos em várias periferias, que falaremos abaixo nos destaques.
Antes, porém, vale anunciar uma novidade. Desde a reformulação do site, vocês têm visto que estamos com uma nova linguagem para nossas editorias. Mas faltou falar de um novo espaço: o “Pode Crer!”, editoria de crônicas e textos de opinião da Mural. E, além dos textos dos correspondentes locais, teremos uma vez por mês convidados que irão contar sobre vivências periféricas.
A estreia foi de Carine Nascimento, cria do Jardim Ângela, que escreveu sobre a primeira viagem de avião da mãe e o significado desse acesso para os nossos. Vale muito conferir, pode crer!
Sobre-viver às chuvas e à pandemia
Nas últimas semanas, bairros como a Brasilândia sofreram bastante com os alagamentos, mostra a reportagem de Cleber Arruda. Além disso, deslizamentos causaram vítimas em cidades da Grande São Paulo como Itapevi, Francisco Morato e Franco da Rocha. Nesta última, Anna Laura Moura relata que ainda há temor de novos deslizamentos, enquanto o presidente disse faltar “visão de futuro” para quem construiu casas nesses espaços.
A falta de acesso à moradia, que levou famílias a viverem em áreas de risco, já é conhecida há tempos, mas segue causando tragédias.
E a pandemia? Difícil não conhecer alguém que tenha se contaminado com a Covid-19 ou com a gripe nos últimos dias, não é? Mas saber se está ou não com a doença tem sido um transtorno. Durante o mês de janeiro, identificamos a falta de testes rápidos em ao menos oito postos de saúde da cidade de São Paulo.
O problema disso é que muitos seguem a rotina e vão para o trabalho, arriscando manter o ciclo de contágio. Também falamos sobre a situação dos postos de saúde lotados em Paraisópolis, Heliópolis e na Brasilândia. Vale conferir o episódio do Próxima Parada:
Foi no meio disso tudo que São Paulo completou 468 anos, em 25 de janeiro. Uma cidade múltipla, com histórias importantes em várias periferias. Histórias cada vez mais contadas.
Para marcar a data, Cleberson Santos trouxe as histórias de vários grupos que buscam contar a história da capital a partir das periferias, mostrando que é possível trazer as relações dos moradores com seu território e ir além do Pátio do Colégio.
Também foi celebrado o Dia da Visibilidade Trans, no dia 29 de janeiro. Caê Vasconcelos escreveu na Folha uma reportagem sobre quatro moradores trans das periferias que se destacam em suas atividades e fogem das estatísticas brutais que ainda atingem a população.
O dia também serve para refletir sobre o respeito. Publicamos também um webstory sobre Linn da Quebrada, artista que está no BBB 22, já entrevistada pela Mural, e outro sobre as potências trans das periferias de São Paulo.
E não parou por aí, vale conferir também:
No site:
No Próxima Parada:
No blog Mural:
No sábado (29), o correspondente da Agência Mural, Caê Vasconcelos, lançou uma uma nova edição de seu primeiro livro: “Transresistência: Pessoas Trans no Mercado de Trabalho”, publicado pela editora Dita Livros.
A reportagem De Xica Manicongo a Erica Malunguinho: as mulheres trans na política, do Nós, Mulheres da Periferia, ouviu estudiosas, políticas e militantes sobre história, representatividade, violência política e perspectivas para 2022 para as candidaturas de pessoas trans.
Obrigado por chegar até aqui!
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Obrigado a todos e todas.
Edição: Paulo Talarico
Contato: paulo@agenciamural.org.br
Saiba mais em: www.agenciamural.org.br
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