Rua (não) é moradia
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OIá pra você ligado na Agência Mural, chegamos ao mês de julho e, oficialmente, metade do ano já passou. Está com esperança para as conquistas da próxima fase deste 2022?
Por aqui, tivemos alguns impactos interessantes: lembra das placas de políticos que se espalham pelas periferias e já servem para divulgar candidatos da eleição deste ano? Após a reportagem, a Prefeitura de São Paulo tirou algumas das faixas que infringiam a Lei Cidade Limpa.
Outra reportagem recente sobre a dificuldade das mães manterem os filhos com autismo na escola teve resultado, com a Secretaria de Educação enviando um cuidador para dar suporte em uma escola de Carapicuíba, como relata Flávia Silva neste post no Blog Mural.
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Rua (não) é moradia
A crise envolvendo as pessoas que vivem nas ruas da cidade de São Paulo já é um fato conhecido em meio à pandemia, a perda de renda e as operações na Cracolândia. Mas qual o impacto dessa situação nas periferias? Reportagem especial da Agência Mural mostra que a situação se agravou muito.
Há bairros em que o crescimento da presença de moradores sem moradia foi de seis vezes, levando em conta o Censo da Prefeitura de São Paulo – a situação pode ser ainda mais grave, por conta da subnotificação e dos dados serem de 2021. A pauta aborda como isso afeta as regiões e quais as possíveis saídas para o problema.
Um dos desafios para resolver a situação está na moradia, problema que também se agravou nos últimos tempos. No Grajaú, a questão tem sido um dos dilemas da chegada do novo parque linear, na região do Cantinho do Céu. A obra dessa nova área verde na beira da represa tem esbarrado na questão habitacional.
Ainda pela zona sul, mas mais ao extremo, em Parelheiros, mulheres têm resgatado os saberes indígenas para a hora do parto: são as parteiras de tradição.
Em Guarulhos, um museu comunitário relembra as histórias do Jardim Vermelhão, bairro que nasceu há quase 30 anos no Pimentas, na periferia da cidade.
Ainda sobre memória, vale conferir esta web story sobre Maria Auxiliadora, uma mulher preta, empregada doméstica e artista que retratava, entre outras coisas, o cotidiano da vida na Brasilândia.
As últimas paradas
E nesta semana, o Próxima Parada, podcast da Agência Mural original Spotify, chega ao final da temporada. Foram mais de 250 episódios sobre as periferias de São Paulo, nas vozes de Rômulo Cabrera e Gabriela Carvalho. Um ciclo que vai se fechando, mas abrindo muitas novidades para os próximos meses.
Nos últimos episódios, além de histórias de várias quebradas como Brasilândia, Perus, Rio Pequeno e São Miguel Paulista, vale conferir a vida de um atleta de luta livre do Capão Redondo. Afinal, luta livre nada mais é do que uma mistura de Jackie Chan com Maria do Bairro. Se liga:
Também concluímos nosso projeto de formação de novos jornalistas no Ceará. A última reportagem mostra como no Crato, uma biblioteca espelha literatura por postes e comércios.
E terminamos a série especial em Web Stories sobre o mês do Orgulho LGBTQIAPN+, publicados no Nós, no Terra. O trabalho mostra o significado de cada uma das letras e a história de pessoas das periferias. Vale conferir cada uma: L G B T Q I A P N +
Confira também:
Na Folha: Atraso na abertura total da estação Vila Natal frustra moradores da zona sul
Web Stories: Confira parques das periferias de São Paulo que você precisa conhecer
No Terra: Cantora de Parelheiros interpreta funk e rap em libras
Hoje a indicação é diferente, é para ajudar a fortalecer os nossos. O Desenrola e Não me Enrola, que atua na zona sul de São Paulo, abriu uma campanha de financiamento coletivo para fazer a mudança da sede - o atual espaço onde funciona o Centro de Mídias M’Boi Mirim está sendo vendido e o grupo busca um outro espaço. Se liga na campanha e saiba como ajudá-los
Apresentadora do Próxima Parada, Gabriela Carvalho será entrevistada nesta terça-feira (5) pelo Social Podcast, programa feito por crias do Capão Redondo. O programa vai ao ar 20h na página do programa no Youtube.
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Edição: Paulo Talarico
Contato: paulo@agenciamural.org.br
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