Oi, você piscou e estamos em dezembro. Um ano com Copa do Mundo, eleições e a Covid ainda nos rondando. Um turbilhão de acontecimentos. Apesar disso, parece que 2022 não tem fim nem espaço para que cuidemos de nossa saúde física, mental e emocional.
Um dos primeiros conteúdos do ano na Agência Mural, lá em janeiro, foi uma webstory justamente sobre os cuidados relacionados à saúde mental. Já prevendo (sem querer) os meses caóticos que nos recepcionariam dali em diante.
Os contextos histórico e econômico do país também afetam nosso emocional, sobretudo para quem vive nas periferias, onde o acessos e as políticas públicas chegam mais tarde. É sobrevivência, é luta, e isso pode nos adoecer.
Por isso que no mês de setembro – quando ocorre o Setembro Amarelo, uma campanha de prevenção ao suicídio de forma mais potencializada – a Mural iniciou uma série de conteúdos que jogam luz sobre os tabus que envolvem o atendimento psicológico, as problemáticas da ansiedade e como buscar espaços seguros (e acessíveis) de acolhimento e escuta nos bairros periféricos de São Paulo.
De lá para cá, foram publicadas em nosso site quatro reportagens e quatro webstories inéditas para ajudar jovens das quebradas a encontrar informações e referências para cuidar da saúde emocional.
A jornalista Ira Romão, correspondente de Perus, zona noroeste da capital, foi quem escreveu essas histórias (com edições minhas). As ilustrações foram feitas por Magno Borges e Matheus Pigozzi.
As notícias produzidas contaram com o apoio editorial do Instituto SulAmérica, uma organização social mantida pela SulAmérica que tem como objetivo promover o acesso à saúde integral para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A série faz parte do movimento #BemAmarelo.
O que é terapia?
Na primeira reportagem, psicólogas desmistificam o que é a terapia e contam como contribuem para que pacientes das periferias tenham acesso ao apoio psicológico. “As pessoas necessitam falar, ouvir e parar para sentir, chorar, trocar e espaços para isso faltam na periferia”, diz Keila Duarte, psicóloga no projeto Consultório Solidário, do Coletivo de Mulheres da Noroeste.
O rolê é autocuidado
Já esta outra reportagem da série traz a importância dos rolês para a saúde emocional. Jovens das periferias falam sobre o impacto da cultura, do esporte e lazer na qualidade de vida e como essas atividades minimizam a ansiedade. “Sair com amigos, me divertir, conversar com alguém e ficar com minha família me ajuda e muito”, comenta uma das entrevistadas.
Poucas horas de sono
Com longas jornadas de trabalho, dormir é quase um artigo de luxo para os periféricos. Em mais uma reportagem, Ira Romão entrevista moradores que dormem em média cinco horas por noite.
“Para um sono de qualidade é necessário que os direitos básicos de uma pessoa sejam garantidos, não se dorme bem com um cotidiano cheio de incertezas”, diz a psicóloga Rosimeire Bussola, que integra o grupo Perifanálise.
Apoio psicológico gratuito
Em duas webstories, listamos coletivos que oferecem atendimento psicológico com valores acessíveis para quem é de baixa renda e/ou vive nas periferias, além de indicar como é feito o atendimento psicológico pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Em dezembro, finalizamos a série, entendendo que o tema sobre saúde emocional é necessário e urgente em qualquer época do ano — com análises e também serviços. Todas as demais reportagens estão reunidas nesta página especial. Vai lá ler!
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As jornalistas Laiza Lopes e Nathália Nunes foram convidadas pela Rádio Tiradentes para falar sobre o Papo Reto no Zap, projeto que leva informação verificada para as periferias da Grande São Paulo. A iniciativa é uma parceria entre a Agência Mural e a Lupa, com o apoio do WhatsApp.
No site Nós, mulheres da periferia, a indicação é o artigo "Discutir a saúde mental masculina não é sinônimo de fraqueza".
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Edição: Tamiris Gomes
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